3 de Junho – 3º encontro CRUZAMENTO DAS ARTES, com Rui Neto e Cláudia Lucas Chéu
Do ponto de vista do autor para o ponto de vista do encenador: que caminhos?
Todas as primeiras terças-feiras de cada mês, há um encontro informal no Clube Estefânia, Espaço Escola de Mulheres, onde se debatem processos criativos, a partir do cruzamento de artes.
Connosco já estiveram Cláudia Lucas Chéu, na qualidade de dramaturga e encenadora, e Rui Neto, também ele na qualidade de dramaturgo e encenador.
Como é passar de dramaturgo a encenador do seu próprio texto? Há distância suficiente?
E já que Rui Neto vai encenar um texto de Cláudia Chéu (A CABEÇA MUDA), como interagem (ou não interagem) autor vivo e encenador? Há muitos encenadores que afirmam não querer trabalhar com autores vivos…
E vocês, o que pensam?
Em volta de uma mesa, acompanhados por um bom vinho tinto, partilhámos experiências e processos.
6 de Maio – 2º encontro CRUZAMENTO DAS ARTES, com Marta Lapa, São José Correia, João Lagarto e Candela Varas
De como a implosão de um texto permite diferentes registos em função da arquitetura espacial.
“S. Examina a Almofada” foi dos espetáculos mais impressivos deste ano. Aquilo a que podemos chamar um acontecimento. Apresentado em três espaços completamente diferentes, ofereceu ao espectador três perspetivas tão diversas que, para quem viu os três, poderia pensar que o texto também tinha sido alterado.
Os três magníficos atores, Afonso Lagarto, João Lagarto e São José Correia, transmutavam-se. Qualquer coisa de mágico se passava. Porquê?
Que processo criativo conduziu ao resultado final?
Marta Lapa e Candela Varas são as suas criadoras. Várias artes se cruzam nesta(s) encenação/encenações.
E como foi a experiência dos atores face às mudanças?
Estas e mil outras perguntas foram feitas, no nosso encontro mensal, aos intervenientes, à volta de uma mesa, beberricando um vinho tinto. Mesmo quem não viu, pode assistir a algumas projeções e facilmente acompanhar e partilhar a conversa.
1 de Abril – 1º encontro CRUZAMENTO DAS ARTES, com Paula Sá Nogueira, Mariana Sá Nogueira e André Godinho
O primeiro encontro de “CRUZAMENTO DAS ARTES” deu-se com O CÃO SOLTEIRO e o realizador ANDRÉ GODINHO, numa conversa amena, em que, através de curtos vídeos, nos foi dado a conhecer o processo criativo que conduziu a três espetáculos distintos, que tinham uma base comum: a linguagem do cinema ao serviço do Teatro.
We All Go a Little Mad Sometimes – a apresentação de cenas do filme “The Rope” de Hitchcock, interpretadas em palco e cruzadas com a projeção de cenas gravadas no exterior, numa dinâmica certeira entre Teatro e Cinema.
Play, The Film – a teatralização de um momento de dobragens de um filme (filme que é simultaneamente projetado). Durante as dobragens, em que os atores se encontram de costas para o público, tudo pode acontecer, mesmo um musical!
Day for Night – O espetáculo é a realização de um filme, estando todo o aparato do cinema como cenário: sets, camarins, maquilhagem, técnicos. Os atores interpretam não só os atores do filme que está a ser realizado, mas também alguns dos técnicos. Porque há técnicos que são do filme. Confuso? Nem por isso. O cruzamento das duas artes é aqui total, porque André Godinho está MESMO a filmar o que se passa.
Mariana Sá Nogueira, Paula Sá Nogueira e André Godinho, com humor e grande disponibilidade, responderam a todas as perguntas que lhes quiseram fazer.
Trocaram-se ideias, bebeu-se um copo de vinho e brindou-se ao Teatro.